A CCDR NORTE apresentou, esta segunda-feira, no Teatro Municipal de Vila Real, um conjunto de apostas preconizadas pelo “Plano de Ação Regional para a Cultura NORTE 2030”, em fase de concretização, com o apoio de financiamento europeu do NORTE 2030.
Perante uma plateia composta por cerca de 200 pessoas ligadas à área da cultura, o vice-presidente da CCDR-NORTE, Jorge Sobrado, afirmou que a cultura foi definida como uma das áreas estratégicas de aposta na região.
"A cultura e o património são o mais poderoso instrumento que a região dispõe para fomentar a coesão territorial”, salientou o responsável.
“Este plano de ação faz um diagnóstico e, ao mesmo tempo acende uma luz de farol para definir um caminho e uma rota, de crescimento e de valorização da área da cultura”, sublinhou, acrescentando que o documento resulta de “um diálogo estreito inédito com as Entidades Intermunicipais, a Entidade Regional de Turismo do Porto & Norte e o Património Cultural, I.P.”.
O vice-presidente sublinhou que o plano de ação contempla sete objetivos, três programas, 20 medidas, cinco das quais estruturantes: rotas culturais, rede de polos arqueológicos, centros de criação, museus de identidade territorial e cinema e audiovisual.
O programa Rotas do Norte visa a organização do património cultural, histórico, arte e arquitetura da região para que estas rotas se constituam como produtos culturais que atraiam mais visitantes a toda a região.
Prevê-se a criação de rotas de castros, do património romano, de castelos e fortalezas, do românico, do património industrial, arte rupestre ou religiosa, entre outras.
Outra aposta é a rede de oito polos arqueológicos. Jorge Sobrado apontou a necessidade de investigar, musealizar, digitalizar, conservar e restaurar muito espólio que, neste momento, está disperso e não está a ser valorizado.
A terceira medida é a criação de uma rede de museus de território que “fazem a preservação de coleções relevantes e contam a história de um território” e, depois, como quarta medida, uma rede de centros de criação, tendo sido apontada como uma lacuna da região a inexistência de espaços qualificados para a criação artística.
“Estamos a propor à região criar uma rede também de oito centros de criação que podem ser mono ou multidisciplinares e que permitam reter talento e favorecer as condições de criação artística”, salientou Jorge Sobrado.
A quinta aposta está relacionada com o cinema e o audiovisual, pretendendo-se fomentar atividades de produção de cinema, de geração de talento e de oportunidades para o desenvolvimento da economia do cinema no Norte.
O Vice-presidente adiantou que está previsto um financiamento de cerca de 100 milhões de euros, no âmbito do Norte 2030, que se poderá traduzir num investimento global de 150 milhões de euros (com a comparticipação nacional). 80 milhões de euros são destinados a investimento público e cerca de 20 milhões de euros para privado.
Já abriram linhas de financiamento para 50 milhões de euros para investimento público, prevendo-se a publicação de novos avisos, num total de 17 milhões de euros, até ao final de abril. “Os dados estão lançados”, salientou.
Para o presidente da CCDRNORTE, António Cunha, a cultura é um setor “absolutamente essencial ao nosso dia-a-dia, ao nosso modelo de sociedade, ao nosso modelo de desenvolvimento humano, mas também ao nosso modelo de competitividade”.
“Uma região que se distingue pela sua vertente exportadora e industrial, assume cada vez mais a cultura e a criatividade como setores de atratividade de investimentos e promoção da inovação, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do Norte”.
Participaram da sessão o Vogal Executivo do NORTE 2030, Júlio Pereira, e os Presidentes da Câmara Municipal de Vila Real e da Comunidade Intermunicipal do Douro, Rui Santos e Luís Machado.
O encontro ficou ainda marcado pela dinamização de uma mesa-redonda com o tema “Ambições antigas, novos instrumentos da Cultura & Património, a Norte”, moderado por Luísa Pinto (Rostos da Aldeia) e com as intervenções do presidente da Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal, Luís Pedro Martins; de Lino Tavares Dias, arqueólogo, investigador e antigo dirigente da administração do Património Cultural; de Fernando Gaspar, coordenador do CEARTE; de Alexandra Lopes, responsável do Museu da Memória Rural, em Carrazeda de Ansiães; e de Rodrigo Areias, cineasta e produtor.
Ver as apresentações aqui:
Plano de Ação Regional para a Cultura 2030 - Jorge Sobrado
As oportunidades de financiamento no NORTE 2030 - Júlio Pereira
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